O EUROPEU de A a Z

A de Andrea Pirlo – Foi, talvez, a estrela-maior da competição. Encheu os campos, e carregou a sua equipa até à final, desmentindo os que o julgavam acabado.
B de Bento – Confirmou as indicações que o davam como um dos grandes treinadores portugueses da actualidade. O homem certo para o lugar.
C de Casillas – O melhor guarda-redes do mundo, e um dos responsáveis pela segurança defensiva exibida pela “Roja”.
D de Desilusões – Holanda, Polónia, Robben, Van Persie, Benzema, Quaresma, alguns relvados, e pouco mais.
E de Espanha – Gostemos ou não (e eu não morro de amores por aquilo), a eficácia do modelo é assinalável. Com opções de luxo, em quantidade e qualidade, está para durar.
F de Fernando Santos – Um bom Europeu para uma equipa sem grandes expectativas, que atingiu o seu limite ao chegar aos Quartos.
G de Grandes Penalidades – Já nos tinham favorecido no passado. Agora, o reverso da medalha, com uma derrota dramática que nos impediu de chegar a Kiev.
H de Histórico – A goleada espanhola na final foi o resultado mais desnivelado de sempre em finais de Europeus ou Mundiais. A equipa de Del Bosque escreveu história.
I de Itália – Chegando até a empolgar, a selecção de Prandelli não merecia sair de cena de forma tão estridente. Ficou um sopro de futebol ofensivo, coisa rara para lá dos Alpes.
J de Jovens revelações – Este J podia ficar para Jordi Alba, porventura a maior revelação do torneio. Outros? Para quem não os conhecia: Mandzukic, Cabaye, Pilar, Bonucci e Dzagoev.
K de Képler – É este o verdadeiro nome de Pepe, patrão da defesa nacional, e figura destacada da prova. Um dos melhores centrais do mundo.
L de Low – Com um plantel de luxo nas mãos, o técnico germânico não foi capaz de atingir a glória. Mexeu demais, e de forma inoportuna. E a Alemanha segue sem conquistas há 16 anos.
M de Mário Balotelli – A irreverência, a roçar a loucura, a par de uma capacidade técnica notável, fazem dele uma pop-star à moda antiga. O espectáculo futebolístico precisa de figuras que lhe dêem cor, dentro e fora dos campos. Sou fã.
N de Nélson Oliveira – Foi o toque de benfiquismo deste Europeu. Jogou quase sempre, deixando boas indicações para o futuro. Será titular em 2014.
O de Ozil – O médio alemão foi, à semelhança de quase todos os jogadores do Real Madrid, elemento em foco. Faltou-lhe uma selecção à imagem da sua frescura, para poder brilhar ainda mais.
P de Proença – Custa a acreditar, mas alguém o tem por melhor árbitro europeu. Na Final, teve a sorte de um erro gravíssimo penalizar a equipa amplamente vencedora.
Q de Qualidade – Em termos de futebol, este foi um dos melhores Euros de sempre. Bons espectáculos, equipas ofensivas, golos, e estrelas a brilhar.
R de Ronaldo – O nosso craque alternou o mediano com o deslumbrante. Dois jogos para esquecer. Dois para recordar. Por fim, um epílogo abaixo das expectativas criadas.
S de Surpresas – Os melhores foram vencendo. Surpresa, e das boas, teria sido Portugal ganhar à Espanha. Esteve quase…
T de Televisão – A cobertura televisiva foi notável, sobretudo na RTP e na Sport Tv. Nota negativa apenas para os comentários à distância, e para Domingos Paciência – bom treinador, mas fraco orador.
U de Uefa – Declarações de Platini à parte, é inegável que o nível de organização da Uefa, presente também na Champions, não encontra paralelo em quaisquer outros eventos desportivos.
V de Van Marwijk – Deixou desmoronar uma das principais favoritas ao título. E de aspectos como a indisciplina ou a desorganização, nenhum treinador pode ser ilibado.
W de Welbeck – Marcou um dos golos mais belos do Campeonato, num precioso toque de calcanhar. Momento para qualquer “best of”.
X de Xavi e Iniesta – Parecem siameses, tal a forma articulada e complementar como comandam o meio-campo espanhol. Não aprecio o estilo (com flores a mais), mas rendo-me à inegável classe dos protagonistas.
Y de Yarmolenko – A sua selecção (Ucrânia) não deu nas vistas, tal como a outra anfitriã (Polónia). Os organizadores ficaram-se novamente pelos grupos.
Z de Zlatan Ibrahimovic – Deixou a sua marca, ao fazer um golo espectacular. De pouco serviu. Porém, à semelhança de Welbeck, o momento fica gravado no que de melhor se viu na prova.

2 comentários:

angolanovermelho disse...

Em relação a P de Proença, curiosa a dualidade de critérios.
Neste lance da final, não hesitou ao não marcar grande penalidade a um jogador que, para além de estar de frente para o lance, tem o braço bem afastado do corpo facilitando o contacto do braço com a bola.
Recordam-se da grande penalidade em Braga nesta época que terminou, pretensamente cometida por Emerson que, no intuito de se proteger do remate de Alan,dá as costas à bola que lhe esbarra no braço, sem que qualquer movimento intencional tivesse havido para promover o contacto do mesmo com a bola? Não hesitou em assinalar a falta.
Repararam a forma exemplar no ajuizamento dos foras de jogo do auxiliar Ricardo Santos nesta final, em lances de bola corrida...e bem corrida?...
Digo exemplar, porque o foi na realidade.
Este senhor foi o mesmo a analisar o fora de jogo na Luz num lance de bola parada, que deu o 3º golo ao crac...
Saudações Benfiquistas

Vitoria do Benfica disse...

Mario Boletelli: uma estrela a moda antiga para mim o maior.Aqueles golos contra a Alemanha. Nao sei o que PP lhe fez, o rapaz desapareceu na final.
Quanto ao PP odeia o Benfica e continua a negar que errou.

Um grande amigo do PC faz parte do clube dos P e mais nao digo. So peço que nao volte a apitar o nosso clube.