RAÇA BENFIQUISTA

Num dos jogos mais importantes desta fase da temporada, o Benfica gritou presente, afirmando bem alto a sua candidatura a uma qualificação directa para a Liga dos Campeões, e reposicionando-se como o mais sério candidato a esse objectivo.
Se não se pode falar de uma grandiosa exibição dos encarnados, há um aspecto em que o contraste com as suas performances mais recentes se fez notar, e que foi a fantástica atitude competitiva de todos os jogadores em campo, bem visível desde os momentos iniciais da partida. Foi pois na raça, no arreganho e no querer que a equipa de Camacho começou a desenhar esta vitória.
É claro que se tem também de falar na sorte do jogo, quer na obtenção de um golo quando ainda ninguém o justificava, quer naquele período de maior pressão vimaranense no início da segunda parte, em que um eventual 2-2 decerto viraria de pernas para o ar toda a história da partida. Mas como se sabe, não há vencedores sem sorte, e neste caso tem de se dizer que o Benfica fez tudo para a procurar e para a merecer, motivo pelo qual a justiça da sua vitória se afigura inatacável.
O Benfica tem agora uma oportunidade de se tranquilizar, quer dentro do balneário, quer entre os seus sócios e adeptos, não devendo desperdiçar a série de três jogos relativamente acessíveis que tem diante de si (enquanto Sporting terá de ir ao Restelo e ao Bonfim), de modo a poder eventualmente jogar em Alvalade com a vantagem reforçada, e sem ter de a pôr em disputa nessa partida. O título, mesmo com a derrota do F.C.Porto, continua, para já, sendo uma miragem. Mas no caso de mais uma escorregadela portista, o sonho pode até ganhar vida. Recorde-se que ainda haverá um F.C.Porto-Benfica.
Voltando ao jogo de Guimarães, em termos individuais o destaque terá naturalmente de ir para o goleador Cardozo, que se revelou uma vez mais determinante. Mesmo sem deslumbrar, leva já 14 golos de águia ao peito, tendo decidido à sua conta diversas e importantes partidas.
Nelson, Maxi, Katsouranis e Rui Costa também estiveram em bom plano, enquanto Di Maria deslumbrou no lance do segundo golo, mostrando que pode e deve fazer muito mais do que aquilo que muitas vezes tem feito.
Menos bem esteve Luís Filipe, com algumas comprometedoras falhas, mas a quem no entanto terão de se averbar também dois ou três lances em que evitou o golo dos minhotos.A arbitragem esteve mal, quer na avaliação dos foras-de-jogo (sobretudo do lado em que o Benfica atacou na primeira parte), quer no aspecto disciplinar. O cartão amarelo a Rui Costa foi ridículo, num lance que deveria ter dado origem a um livre perigoso contra o Vitória.

2 comentários:

Anónimo disse...

LF

Grande vitória do Benfica, eu penso, que a mais valia desta equipa foi:

1º- O "regresso" de Camacho ao banco do Benfica, dantes estava só de corpo presente

2º- Atitude, espirito de entreajuda e a técnica superior de alguns dos seus jogadores, que resolveram o jogo

3º- A sorte que nos tem faltado em alguns jogos

Agora, notou-se os erros do passados e os problemas da equipa, quando o Guimarães meteu velocidade no jogo, o nosso meio campo deixou de travar os jogadores do nosso adversario, Petit e Rui Costa, muito lentos, Maxi e Assis um pouco mais rapidos, mas pouco, diferença da 1ª para a 2ª parte esteve neste aspecto

Uma boa vitoria, mas não alterou praticamente nada, em relação aos objectivos do Benfica, ser campeão, na luta para o 1º dos ultimos, foi bom e ficamos mais longe do 3º lugar, mas para um benfiquista, que gosta de titulos, isso sabe a pouco

não acha LF :)

LF disse...

Acho,

Mas penso que os benfiquistas têm de se redimensionar a estes novos tempos, e daí, só daí, partir então para o regresso aos velhos.