OS NOSSOS HERÓIS

MIGUEL (4) Se Robben era a grande ameaça, não se deu por isso. Mérito naturalmente para Miguel, que durante a primeira parte foi dos mais esclarecidos, e na segunda dos mais estóicos.
FERNANDO MEIRA (4) Foi talvez a exibição de que precisava para se tranquilizar. Esteve impecável, à excepção de uma comprometedora escorregadela ainda na primeira parte que quase ia custando caro. Mas essa foi a excepção que confirmou a regra de uma exibição imperial, mostrando toda a sua capacidade no jogo aéreo, e uma entrega absolutamente inexcedível.
RICARDO CARVALHO (5) Um dos melhores em campo. Parecia fora de forma nos jogos anteriores, mas frente à Holanda voltou a ser o grande Ricardo Carvalho dos tempos do Europeu. Houve momentos em que a bola parecia ir ter com ele. Até a sair para o ataque se voltou a ver em Nurenberga a sua enorme classe.
NUNO VALENTE (3) Não se pode dizer que tenha estado mal, mas terá sido o menos brilhante da defesa. Teve o azar de apanhar pela frente um Van Persie inspirado, que por diversas vezes o ultrapassou em velocidade ou em drible. Ainda assim nota positiva pela bravura que evidenciou.
COSTINHA (2) Inaceitável que num jogo a eliminar do Campeonato do Mundo, um jogador com tanta experiência cometa um erro tão infantil. Valentin Ivanov já lhe havia perdoado o segundo amarelo numa entrada sobre Van Bommel (suponho que seria substituído ao intervalo, pois a expulsão já estava iminente), e mesmo assim foi cortar com a mão um completamente inofensivo lance a meio campo...
O que lhe terá passado pela cabeça ?
MANICHE (5) Homem do jogo para a FIFA, ficará na história como autor do (belo) golo solitário da partida. Podia até ter marcado por mais duas vezes. No resto do tempo foi sempre constante, quer a defender, quer a atacar, sendo o melhor Maniche que esteve no relvado de Nurenberga. É impressionante a facilidade com que se movimenta, tanto nas transições defensivas como nas ofensivas. Na sua melhor forma (que contudo nem sempre é constante) ombreia com Figo, Deco e Ronaldo como um dos melhores jogadores portugueses. Grande exibição, a desmentir todas as desconfianças iniciais quanto à sua condição física para esta competição.
DECO (3) Construiu o lance do golo, teve mais algumas intervenções de grande classe e correu quilómetros, mas não se poderá afirmar que tenha estado em campo o melhor Deco, aquele que todos conhecemos. Acabou injustamente expulso, mas a verdade é que também podia ter sido mais prudente.
FIGO (4) Foi preponderante no melhor período da equipa ainda na primeira parte. Na fase mais dramática, lutou até à exaustão e enquanto as forças dos seus trinta e três anos lhe permitiram. A sua experiência foi decisiva na manutenção do equilíbrio emocional da equipa. “Cavou” muito bem a expulsão de Belahrouz, dando um novo fôlego à equipa. Todavia, quase ia deitando tudo a perder quando agrediu Van Bommel. Terá sido provocado, é certo, mas Figo sempre nos habituou a ver nele um homem imperturbável, e capaz de reagir com a maior frieza às situações mais adversas. Enfim, vamos fazer de conta que não vimos...
PAULETA (3) Esteve no golo, tabelando inteligentemente com Maniche, e seria ainda ele o protagonista da melhor oportunidade que Portugal teve daí em diante, num lance em que rematou forte e colocado, mas Van der Sar defendeu com os pés. Foi sacrificado tacticamente ao intervalo, sendo assim um dos primeiros cordeiros a arder na fogueira em que o jogo se transformou.
CRISTIANO RONALDO (3) Parecia embalado para a sua melhor exibição neste Mundial. Arrancou dois cartões amarelos a holandeses (o lance do qual resultou a sua lesão era merecedor de vermelho directo), foi o primeiro a furar a cortina “laranja”, e ainda teve tempo e força para dar início à jogada de onde resultou o golo. As imagens das suas lágrimas comoveram o país e marcaram o início deste drama verdadeiramente hitchcockiano. Esperamos poder contar com ele para a próxima batalha.
SIMÃO (4) Se Ronaldo estava a jogar bem, a verdade é que Simão não defraudou em nada a saída do colega. O pequeno extremo entrou muito bem, criando uma grande ocasião de golo que culminou com o remate de Pauleta, mas foi na segunda parte que a sua exibição assumiu carácter grandioso. Lutou bravamente, e a partir de certa altura, solitariamente, contra uma linha de holandeses (ora três ora quatro) que nunca se chegaram a entender com as suas movimentações, desmarcações, dribles, mudanças de velocidade e passes de génio. Foi uma espécie de “dois em um”, e depois “três em um”, e sem o seu fantástico trabalho seguramente que nada teria terminado como terminou.
PETIT (4) Uma muralha de aço. Entrou para a posição de Costinha, e pode-se dizer que não se sentiu, nessa zona do campo, a falta do ex-portista. Petit esteve praticamente perfeito, recuperando inúmeras bolas, e sendo até capaz de sair a jogar numa primeira fase de construção, embora menos do que faz no Benfica (onde não tem tantas responsabilidades posicionais). Foi um jogo à sua medida. Um combate para guerreiros como ele.
TIAGO (3) Entrou bem no jogo e conseguiu fazer aquilo que se lhe pedia naquela altura. Segurou a bola e o jogo, fez passar segundos preciosos, e até ia marcando um golo, parecendo nesse lance ter ficado deslumbrado com as facilidades concedidas.

5 comentários:

Anónimo disse...

O artigo está bem escrito, apesar de não concordar, como é normal, com algumas ideias. Assim, no caso do árbitro, e indo contra a corrente, não me pareceu que estivesse muito mal, a não ser que podia e devia ter expulso o Costinha mais cedo e tb mandado o capitão para a rua após uma agressão deste , já para não me referir à expulsão "fabricada" pelo próprio (não houve sequer falta) e da outra expulsão holandesa tb ser exagerada. No lance d e Ronaldo, só após o visionamento das imagens televisivas se verifica que que o vermelho, talvez, fosse a cor mais adequada para aquela situação... Quanto a Deco, à luz das novas regras determinadas pela FIFA para este campeonato, todo o jogador adversário que agarrar a bola após o arbitro ter assinalado falta é punido com cartão amarelo -há muito que eu sou defensor desta regra, achava inqualificável que um jogador adversário atrasasse o reinicio do jogo nas barbas do arbitro sem ter qualquer sanção - e isso foi o que o Deco fez aliás, a primeira falt de Deco, embora por motivos conhecidos, não seria merecedora de cartão vermelho? É por trás e não há a mínima intenção de ir à bola... Resumindo, a haver alguma culpa do sucedido, terá que ser atribuída ao comportamento dos jogadores de ambas as selecções e , quanto muito, à estrutura de arbitragem da FIFA, sendo o russo o menos culpado.
Para terminar, sempre que se ganha e eu espero que assim se continue, aproveita-se sempre estas ocasiões para se dar “bicadelas” nas pessoas que de algum modo criticaram e criticam este seleccionador, será que em Portugal após mais de 30 anos de democracia ainda não nos habituamos a respeitar opiniões contrárias às nossas!...Parece que ainda não.
Não entendo a nota 2 de Costinha, só se lhe faltar um menos no seu lado esquerdo. Se tivéssemos sido eliminados, o rapaz não podia sequer passar férias em Portugal, não encontro explicação para o sucedido, teria a soldo dos holandeses?

Anónimo disse...

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